Julho das Pretas 2025 – Mulheres Negras do Brasil e do Mundo fortalecem a mobilização rumo à Marcha das Mulheres por Reparação e Bem Viver

A 13ª agenda oficial do Julho conta com novo recorde: 634 atividades, espalhadas em 18 estados e o Distrito Federal;  a mobilização também contará com a participação de agenda internacional na Colômbia, França e Inglaterra

Nesta terça-feira, 1º de julho, tem início oficialmente a 13ª edição do Julho das Pretas – Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver, que este ano é parte fundamental da mobilização que vai levar 1 milhão de mulheres negras a Brasília, no dia 25 de novembro, para a Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver, a Marcha Global das Mulheres Negras.

Criado em 2013 pelo Odara – Instituto da Mulher Negra, o Julho das Pretas nasceu como um espaço de afirmação, denúncia e incidência política, em alusão ao Dia Internacional das Mulheres Afrolatinoamericanas, Afrocaribenhas e da Diáspora, celebrado em 25 de Julho. Hoje é organizado pela Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), pela Rede de Mulheres Negras do Nordeste e pela Rede Fulanas – Negras da Amazônia Brasileira e desponta como uma das maiores mobilizações políticas de mulheres negras da América Latina. Em novo recorde, a agenda oficial desta edição conta com 634 atividades confirmadas, a mobilização reúne mais de 280 organizações em ação por todo o Brasil, em 18 estados e no Distrito Federal e também ultrapassa fronteiras, com agendas internacionais na Colômbia, França e Inglaterra.

O Julho das Pretas deste ano ecoa um chamado importante: fortalecer a construção da 2ª Marcha Nacional de Mulheres Negras, que acontecerá em novembro. Cada atividade, seja nas escolas, nas ruas, nas redes ou nas instituições, é uma convocação em direção à ocupação de Brasília por mulheres negras que exigem reparação e um novo projeto de sociedade.

Reparação e Bem Viver: as urgências que nos movem

O tema que orienta o Julho das Pretas deste ano, Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver,  expressa a centralidade dos Movimentos de Mulheres Negras no Brasil. A Reparação racial como perspectiva de mudanças estruturais: na economia, na política, nas relações sociais e no reconhecimento do papel histórico da população negra na construção do país.

Já o Bem Viver, presente na chamada do Julho e da Marcha, é uma proposta política que rompe com o modelo de desenvolvimento capitalista, racista e patriarcal, apostando numa sociedade baseada no cuidado, na justiça social e no respeito à diversidade de existências.

Julho das Pretas nas Escolas: formação para a Marcha

Um dos destaques da programação é o Julho das Pretas nas Escolas, iniciado em 2019, que neste ano realizará ações em mais de 30 unidades de ensino por todo o país. A iniciativa busca fortalecer a formação de meninas negras, além de preparar as novas gerações para compreenderem a dimensão política da luta das mulheres negras.

Marcha em construção: mobilização em todos os territórios

Antes da ocupação de Brasília, as ruas do Brasil já serão tomadas pelas Pré-Marchas das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver, durante o mês de Julho. No dia 25 de Julho – ou em datas próximas – mulheres negras de 14 estados do Brasil estão organizando atos e marchas rumo a grande Marcha das Mulheres Negras no dia 25  de  novembro, em Brasília.

A programação completa do Julho das Pretas pode ser acompanhada pelo Instagram: @julho_das_pretas.

Confira a agenda na íntegra abaixo:

Mais informações: 

@negrasnordeste.articulação@gmail.com /  contato@institutoodara.org.br 

(71) 99157-5711 (Brenda Gomes – Instituto Odara) 

(83) 99951-3094 (Thais Vital – Rede de Mulheres Negras do Nordeste)

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