Observatório da Violência contra as Mulheres Negras no Nordeste

O Observatório da Violência contra as Mulheres Negras no Nordeste é uma ferramenta política criada pela Rede de Mulheres Negras do Nordeste para identificar, acompanhar e monitorar os casos de violência doméstica e feminicídio contra mulheres negras nessa região, buscando fortalecer uma incidência conjunta com as organizações que compõe a Rede Nordeste.

O Observatório tem como principal objetivo atuar para incidir na prevenção e diminuição dos casos e da letalidade da violência contra as mulheres negras, e se propõe a:

  • Aprofundar o conhecimento das organizações mobilizadas pela Rede de Mulheres Negras do Nordeste sobre a violência doméstica e feminicídio;
  • Coletar, produzir e divulgar dados, estudos e pesquisas sobre violência doméstica e feminicídio contra as mulheres negras;
  • Realizar campanhas de comunicação para sensibilizar a sociedade;
  • Subsidiar profissionais das áreas de educação, saúde, segurança pública, assistência social e psicologia para o enfrentamento a violência doméstica e feminicídio contra as mulheres negras; 
  • Fortalecer as redes de enfrentamento à violência doméstica e feminicídio contra as mulheres negras nos estados.

Queremos dialogar com toda sociedade sobre a responsabilidade coletiva do enfrentamento às violências contras as mulheres negras, priorizando o diálogo, troca de experiências e interesse de parceria com: Ativistas e lideranças políticas e comunitárias; Mulheres em situação de violência doméstica; Gestores/as públicos/as; Profissionais da Rede de Atenção do estado; Profissionais de comunicação; Parlamentares; Entidades filantrópicas; e organismos das Nações Unidas.

A iniciativa pretende atuar para o fortalecimento da Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres em seus quatro Eixos Estruturantes: prevençãocombate, assistência e garantia de direitos.

O Observatório também é responsável pela organização da Jornada Pela Vida das Mulheres Negras, uma agenda coletiva de incidência política da Rede de Mulheres Negras do Nordeste em torno dos 21 Dias de Ativismo Contra a Violência Contra as Mulheres.

O histórico de racismo, sexismo, pobreza, e exploração que permeia o Nordeste brasileiro e que afeta de forma particular as mulheres negras desta região, associado à negligência dos governos e gestões municipais, gera uma realidade de insalubridade e insegurança para as mulheres negras no Nordeste. 

Mesmo após avanços no debate sobre racismo e o patriarcado, enquanto estruturantes das relações sociais e agravantes da violência contra as mulheres e da criação de políticas e legislações no campo formal, ainda há muita dificuldade por parte dos poderes públicos no investimento da implementação dessas políticas. Tal cenário de descasos e omissões implica em altos índices de violência contra as mulheres negras, sendo o feminicídio uma das principais problemáticas na região. 

De acordo com o 15° Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2021, as mulheres negras são as principais vítimas de feminicídio (61,8%) e demais assassinatos de mulheres (71%) no Brasil. Já o Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência, aponta que a possibilidade de uma mulher negra nordestina, entre 15 e 29 anos, ser vítima de assassinato é quatro vezes maior em relação às brancas – quase o dobro da média nacional.

Já a pesquisa Condições Socioeconômicas e Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher apurou que entre as mulheres nordestinas que sofrem agressões físicas durante alguma gestação ao longo da vida, 77% são mulheres negras. Além disso, 24% dessas mulheres já testemunharam ou perceberam a ocorrência de violência doméstica contra as suas mães, enquanto a mesma situação foi vivenciada por 19% das mulheres brancas no Nordeste. 

Os dados nos revela uma conjuntura preocupante, mas sabemos ainda que a realidade é ainda mais cruel e recorrente, tendo em vista o alto número de subnotificações, principalmente sobre violência doméstica e sexual contra mulheres e meninas negras, indígenas, pobres, que não são cis ou heterossexuais. 

Considerando esse cenário de violências e violações de direitos, a Rede de Mulheres Negras do Nordeste assume a luta em defesa e proteção das mulheres negras, criando estratégias de incidência pública frente ao problema.

O nosso compromisso é com o fim da violência contra as mulheres negras do Nordeste. É pelo direito à vida ao Bem Viver de cada uma de nós.

Observatório da Violência contra as Mulheres Negras no Nordeste

O Observatório da Violência contra as Mulheres Negras no Nordeste é uma ferramenta política criada pela Rede de Mulheres Negras do Nordeste para identificar, acompanhar e monitorar os casos de violência doméstica e feminicídio contra mulheres negras nessa região, buscando fortalecer uma incidência conjunta com as organizações que compõe a Rede Nordeste.

O Observatório tem como principal objetivo atuar para incidir na prevenção e diminuição dos casos e da letalidade da violência contra as mulheres negras, e se propõe a:

  • Aprofundar o conhecimento das organizações mobilizadas pela Rede de Mulheres Negras do Nordeste sobre a violência doméstica e feminicídio;
  • Coletar, produzir e divulgar dados, estudos e pesquisas sobre violência doméstica e feminicídio contra as mulheres negras;
  • Realizar campanhas de comunicação para sensibilizar a sociedade;
  • Subsidiar profissionais das áreas de educação, saúde, segurança pública, assistência social e psicologia para o enfrentamento a violência doméstica e feminicídio contra as mulheres negras; 
  • Fortalecer as redes de enfrentamento à violência doméstica e feminicídio contra as mulheres negras nos estados.

Queremos dialogar com toda sociedade sobre a responsabilidade coletiva do enfrentamento às violências contras as mulheres negras, priorizando o diálogo, troca de experiências e interesse de parceria com: Ativistas e lideranças políticas e comunitárias; Mulheres em situação de violência doméstica; Gestores/as públicos/as; Profissionais da Rede de Atenção do estado; Profissionais de comunicação; Parlamentares; Entidades filantrópicas; e organismos das Nações Unidas.

A iniciativa pretende atuar para o fortalecimento da Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres em seus quatro Eixos Estruturantes: prevençãocombate, assistência e garantia de direitos.

O Observatório também é responsável pela organização da Jornada Pela Vida das Mulheres Negras, uma agenda coletiva de incidência política da Rede de Mulheres Negras do Nordeste em torno dos 21 Dias de Ativismo Contra a Violência Contra as Mulheres.

O histórico de racismo, sexismo, pobreza, e exploração que permeia o Nordeste brasileiro e que afeta de forma particular as mulheres negras desta região, associado à negligência dos governos e gestões municipais, gera uma realidade de insalubridade e insegurança para as mulheres negras no Nordeste. 

Mesmo após avanços no debate sobre racismo e o patriarcado, enquanto estruturantes das relações sociais e agravantes da violência contra as mulheres e da criação de políticas e legislações no campo formal, ainda há muita dificuldade por parte dos poderes públicos no investimento da implementação dessas políticas. Tal cenário de descasos e omissões implica em altos índices de violência contra as mulheres negras, sendo o feminicídio uma das principais problemáticas na região. 

De acordo com o 15° Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2021, as mulheres negras são as principais vítimas de feminicídio (61,8%) e demais assassinatos de mulheres (71%) no Brasil. Já o Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência, aponta que a possibilidade de uma mulher negra nordestina, entre 15 e 29 anos, ser vítima de assassinato é quatro vezes maior em relação às brancas – quase o dobro da média nacional.

Já a pesquisa Condições Socioeconômicas e Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher apurou que entre as mulheres nordestinas que sofrem agressões físicas durante alguma gestação ao longo da vida, 77% são mulheres negras. Além disso, 24% dessas mulheres já testemunharam ou perceberam a ocorrência de violência doméstica contra as suas mães, enquanto a mesma situação foi vivenciada por 19% das mulheres brancas no Nordeste. 

Os dados nos revela uma conjuntura preocupante, mas sabemos ainda que a realidade é ainda mais cruel e recorrente, tendo em vista o alto número de subnotificações, principalmente sobre violência doméstica e sexual contra mulheres e meninas negras, indígenas, pobres, que não são cis ou heterossexuais. 

Considerando esse cenário de violências e violações de direitos, a Rede de Mulheres Negras do Nordeste assume a luta em defesa e proteção das mulheres negras, criando estratégias de incidência pública frente ao problema.

O nosso compromisso é com o fim da violência contra as mulheres negras do Nordeste. É pelo direito à vida ao Bem Viver de cada uma de nós.

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